Ratos que ingeriram a bactéria Mycobacterium vaccae junto com a comida resolviam o labirinto duas vezes mais rápido e com menos ansiedade do que os ratos que não entraram em contato com a bactéria na comida, e essa “menos ansiedade” é devido ao aumento da serotonina.
A serotonina é um neurotransmissor e tem um papel importante no aprendizado e no humor. Dessa forma, os cientistas resolveram testar a função da bactéria M. vaccae para aumentar a capacidade de aprendizado. Essa capacidade foi medida na habilidade dos ratos em percorrer um labirinto.
A ação da Mycobacterium vaccae sobre o nosso humor, também foi comprovada em um estudo onde extratos da bactéria foi dada junto com os remédios da quimioterapia para pacientes com câncer do pulmão. O extrato de bactéria não aumentou a sobrevida dos pacientes, porém aumentou a sua qualidade de vida, mesmo na presença de efeitos adversos da quimioterapia e de sintomas associados ao câncer.
É doideira, mas estudos feitos em 2007 comprovaram que a Mycobacterium vaccae age, na verdade, sobre nosso sistema imune e ele é quem age sobre o nosso humor. A bactéria é apenas uma maneira de controlar o funcionamento do sistema imune. Inclusive a primeira utilização terapêutica da Mycobacterium vaccae, foi no controle de respostas alérgicas e auto-imunes.
Todos os dados desta pesquisa foram apresentados no 110° Encontro Geral da Sociedade Americana de Microbiologia, em San Diego, nos Estados Unidos, que ocorreu de 23 a 27 de maio deste ano.